Muitas pessoas, quando estão com muitas ideias misturadas ou muitas coisas pra pensar costumam querer ir pra praia, sentar em frente ao mar, pra colocar a cabeça em ordem. Eu estava me sentindo assim... mas o mar não me ajudou. Por mais que eu tentasse, na praia, no mar, não consegui organizar minhas ideias... consegui na subida da serra, vendo o mar, um pouco mais longe a cada curva.
Foi interessante a experiência... e cheguei à conclusão de que ainda não sou adulto. Acho que sou um adolescente mais consciente, só isso.
Quero compartilhar aqui algumas das reflexões que fiz...
Classifico-me como adolescente consciente porque ainda sinto aquela inquietação da adolescência; aquela vontade de realizar alguma coisa, de fazer algo. O problema é que não sei exatamente o que fazer. Pelo menos tenho consciência dessa minha condição...
Agora não me entusiasmo mais com a luta política, o dia-a-dia de um partido, de fazer passeata, peguei birra de universitário...
De outro lado vem a pressão das contas, da vontade de comprar uma casa, de viajar, comprar um carro, roupas (sim, roupas!), lazer...e a tentação diária de entrar no esquema, virar um capitalista bem-sucedido... mas me falta a vontade pra ser empreendedor, ainda que ela exista, escondida ou camuflada em mim...
Ainda por cima, busco a satisfação intelectual, de realizar algo relevante, útil, necessário, de tentar chutar o alicerce da minha cidade, da minha região, do meu povo...
Tantas coisas, pouca definição...apenas a certeza de que é preciso seguir andando...
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