Vidas diferentes, separadas, distantes podem se aproximar, se unir, virarem uma só: um sobrenome que une, um sol que queima a pele, um abraço, um sentimento, uma mesma lágrima...
Às vezes, sem pronunciar palavra, sem combinar, sem querer, há cumplicidade entre essas vidas: idades distantes, cidades distantes...um mesmo ponto de chegada. A cabeça, nessas horas, pensa mais bonito do que o que se escreve. Há coisas que nunca serão ditas, acordos que nunca serão feitos... a vida simplesmente vai... aquele mesmo segundo do nascimento se repete pelos anos, pelo tempo todo, pelo universo, infinitamente... Se nem mesmo o Sol conhece a sua razão de brilhar o que se dirá de nós, que temos um calor tão menor que o do Sol... que temos talvez menos luz, que temos outro nome, que não somos estrela. O que vale é apenas o que foi, o que é...aquilo que existe sem explicação, sem motivo, sem razão, sem contestação nenhuma... é disso que nossas vidas são feitas.
2 comentários:
Quanta tristeza aí dentro =/
até quando abre mão dos versos, faz poema.
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