29.5.09

Queria que ninguém lembrasse de mim

Todo passo que eu dou
Pra esquerda ou Pra direita
Me faz pensar se não fui pro lado errado
Paro
Penso
Mas não penso de verdade

Fico na dúvida
Teimosa, calada, irritante
Ela para do meu lado,
bate no meu ombro
E eu fico com a cara de otário que me é natural

Quem eu devia tratar com violência
Eu trato com afago
Quem eu devia afagar
Eu meto a mão na cara

E, de novo,
Parado,
penso em gastar dinheiro
Gastar meu tempo
Correr daqui
Correr de mim
Pular no precipício
Mas não tenho ninguém pra ligar agora
Meu celular não tem créditos
Não lembro de ninguém

Queria que ninguém lembrasse de mim

4 comentários:

.maria. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
.maria. disse...

adoro poema-mentira sincero...
bjoss

Cuca disse...

Amei. E achei sincero. Tosco e sincero...Igualzinho alguém que conheço...

ilario disse...

no fundo no fundo não tem sinceridade maior do que uma mentira, né não?