21.9.12

Reflexões

Ultimamente tenho vivido uma relação de amor e ódio com a educação. Há dias em que acordo extremamente desanimado e cansado, com vontade de desistir. Há dias em que volto do trabalho feliz e realizado. Confesso que os dias de realização e satisfação são em menor quantidade. O cansaço tem falado muito mais alto. Enrolado na burocracia do que hoje é o trabalho do professor, com a garganta esfolada de tanto falar, com um sono que sempre carrego, que nunca passa, por mais que eu durma cedo. Paralelamente a isso, tenho buscado novas opções de vida: cursos fora da área de educação, atividades físicas, a poesia, atividades artesanais, cuidar das plantas e das hortaliças aqui de casa. Isso tudo ajuda, às vezes, a esquecer um pouco da rotina, mas ainda não tem sido o suficiente para vencer o cotidiano. Algumas vezes tenho a sensação de estar preso, de ter perdido a liberdade. Talvez isso se explique também pelo fato de morar perto do trabalho e fazer, muitas vezes, apenas aquele mesmo caminho, sem mudança possível e sem novidades. Família e amigos também não têm estado tão próximos: não por omissão, mas pelas condições do dia-a-dia.
Coloco alguns reggaes para ouvir...
Reggae costuma fazer bem, acalmar e alegrar a minha alma. Me lembra do litoral. Me dá vontade de estar em outro lugar...
Enfim, estou nessa encruzilhada, num dilema: entre persistir e desistir. Muitas vezes quero buscar outras opções de trabalho mesmo, radicalizando, indo para outros extremos. Pode até soar como algo desesperado, mas é apenas um momento de escolha, de opções, pelo qual estou passando. O problema maior é que a vida impõe algumas restrições à gente, principalmente ligadas ao dinheiro, às contas para pagar, que nos prendem, impedindo mudanças mais radicais.
Sigo refletindo.

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