29.9.14

Cogito

Um crime de amor
uma página de jornal bem estampada
revestida de gramática e sangue
O dia
A tarde em frente ao mar
na beira da praia
Choveu,
E por dentro de mim também
Gota a gota
o desperdício
o alívio
Medo da raça humana
da mãe que ensina os filhos a não mexer na macumba na esquina
do enrustido atrás da barba cerrada
do palhaço triste
Medo de arma de fogo.
Falta o riso bobo
que falta que o riso bobo me faz
E de cá,
do lado de cá dos cabos e conexões
as veias, o meu sangue,
carregam muito mais memória que cogito
Cogito.

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