1.4.15

Rimas pobres, feias e fracas

Ando consumido pelo calor do fim de março
A Páscoa, atrás da porta, não significa nada,
quase nada ou pouca coisa
Pilões, pistões, pistolas, portões
Rimas pobres, feias e fracas,
não são flores
nem são nada
Marcam apenas a'gonia,
com que passo pela cidade
Piso, passo,
ando,
canto, bebo e danço
Tenho um sorriso loiro e pequeninho
a esquentar o peito:
mais verão em mim do que fora
Há tempo para o café - sempre
há acordes de muita história
há telhados de barro - ou será que não há mais?
Lirismo
lirismo não me basta
Quero a vida

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