o terço que eu rezo
tem gotas de sangue
tem penas de aves
tem um quê de traição
de contas feitas
com pedra e lama
lugares santos
pisados aos cascos
vasos quebrados
lágrimas viúvas
e uma lança abaixo do tórax
quase um Cristo
destinado a se dar
a morrer sem paz
a calar as dores humanas
de um homem qualquer
meu terço,
o terço que eu rezo
é chorado a cada dia
nas mesas de bar
nas rodas de amigos
nas dores no peito
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25.12.10
7.1.10
no meu peito bate um rosário
no meu peito bate um rosário
não um coração
bate uma prece
uma oração
no meu peito
cabe o mundo todo (e outros tantos possíveis)
e só uma mulher
o meu peito não é meu
é o que pisa a sola do meu pé
é o motivo de eu não ter fé
é um giro de carrossel
não um coração
bate uma prece
uma oração
no meu peito
cabe o mundo todo (e outros tantos possíveis)
e só uma mulher
o meu peito não é meu
é o que pisa a sola do meu pé
é o motivo de eu não ter fé
é um giro de carrossel
17.10.09
fitas no pulso
quero casar
o senhor do bonfim
e nossa senhora
num só pulso
trançando os dois
cheios de desejos
os dois
santos
puros
intocados
e vendidos
na esquina mais perto daqui
o senhor do bonfim
e nossa senhora
num só pulso
trançando os dois
cheios de desejos
os dois
santos
puros
intocados
e vendidos
na esquina mais perto daqui
21.10.08
Comunhão
Toda a minha vida,
até aqui,
até agora,
eu andei sem religião.
Nessa hora, que meu peito aperta,
não tenho nenhum santo sequer (nenhum santinho)
pra me queixar.
Nenhuma nossa senhora
pra eu me apegar,
pra eu fazer promessa.
Ironia...
Nasci com nome de anjo.
mas quando eu nasci não desceu
nenhum anjo,
nem mesmo um anjo torto,
pra me aconselhar de nada.
Calo-me...
não sei rezar terço,
não sei o horário das missas,
não conheço o gosto da hóstia,
do corpo de Cristo.
Meu paladar sempre preferiu
o sangue dele,
em grandes goles embriagados.
A noite vai acabar,
vai virar manhã,
tenho fé nisso.
Ainda tenho tempo pra ter fé em alguma coisa
Creio em mim,
descanso em paz.
Valei-me destino meu, que é tudo o que me resta.
até aqui,
até agora,
eu andei sem religião.
Nessa hora, que meu peito aperta,
não tenho nenhum santo sequer (nenhum santinho)
pra me queixar.
Nenhuma nossa senhora
pra eu me apegar,
pra eu fazer promessa.
Ironia...
Nasci com nome de anjo.
mas quando eu nasci não desceu
nenhum anjo,
nem mesmo um anjo torto,
pra me aconselhar de nada.
Calo-me...
não sei rezar terço,
não sei o horário das missas,
não conheço o gosto da hóstia,
do corpo de Cristo.
Meu paladar sempre preferiu
o sangue dele,
em grandes goles embriagados.
A noite vai acabar,
vai virar manhã,
tenho fé nisso.
Ainda tenho tempo pra ter fé em alguma coisa
Creio em mim,
descanso em paz.
Valei-me destino meu, que é tudo o que me resta.
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